quinta-feira, 23 de maio de 2013
Greve dos professores em Natal deixa cerca de 53 mil alunos sem
aulas
Cerca de 53 mil
alunos da escolas públicas municipais de Natal vão ficar sem aulas a partir
desta quarta-feira (22). O motivo é a greve deflagrada pelos professores da
rede municipal de ensino por tempo indeterminado. A paralisação foi aprovada
por 90% dos educadores em assembleia realizada na última segunda-feira (20) .
A principal
reivindicação é o reajuste salarial, que segundo a categoria está congelado a
mais de dois anos. Além dos pagamentos de direitos funcionais como padrão dos
educadores infantis, promoções verticais e horizontais e gratificações. Eles
também pedem melhorias nas condições estruturais das escolas.
Segundo a
coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em
Educação (Sinte/RN), Fátima Cardoso, as perdas salariais estão na ordem dos
34%, e o pagamento de direitos funcionais da categoria como as promoções não
são pagas há cerca de dois anos. Fátima conta que o total da dívida da
Prefeitura com os educadores ultrapassa R$ 1,5 milhão. No entanto, a própria
secretária de Educação, Justina Iva, reconhece que o valor é maior e chega a
quase R$ 3,5 milhão.
“Assim como a
estrutura das escolas, os educadores vêm amargando um desgaste inaceitável em
seus salários e nos seus direitos mais elementares. Quando se está em uma
emergência não dá para esperar”, disse Fátima Cardoso.
Na manhã dessa
terça-feira (21), o Sinte-RN esteve reunido com Justina Iva, que na ocasião
explicou que a Prefeitura não tem condições de atender completamente as
reivindicações dos professores.
A secretaria
argumentou que caso conceda o reajuste de 34,56% solicitado vai ferir o limite
da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ainda segundo ela, o limite legal da
receita líquida do Município é de 54% para pagamento dos servidores, que já foi
ultrapassado.
Uma esperança para o
fim da paralisação é uma nova reunião que está marcada para a tarde da próxima
sexta-feira (24) entre os dirigentes do Sinte-RN e o prefeito de Natal, Carlos
Eduardo Alves (PDT). Já na segunda-feira (27), os educadores realizam outra
assembleia para debater a manutenção da greve.
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